No sábado, dia 10 de outubro, Chronicle of demolition foi exibido na sessão Cine Encontro do Festival do Rio, no Cinema Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro. Após a sessão, foi realizado debate com mediação da jornalista Cristina Grillo, e participação do diretor Eduardo Ades, da montadora Eva Randolph, e dos arquitetos, entrevistados do filme, Alex Nicolaeff e Margareth da Silva Pereira.
“A conversa, mediada pela jornalista Cristina Grillo, começou com a pergunta-chave do longa: Afinal, por que o Palácio Monroe foi demolido? Alex Nicolaeff, um dos arquitetos entrevistados, foi enfático: “A razão fundamental é a cobiça. Aquele terreno era valiosíssimo. Não dá para falar que foi por causa do metrô, porque quando se determinou o plano da linha ela já contava com um desvio para preservar o prédio”. Indo mais a fundo na questão, Nicolaeff observou que “a arquitetura é uma arte social. Qualquer reforma e construção gasta muito dinheiro. Aquele prédio foi fruto do dinheiro da sociedade, mas houve uma convergência de fatores sociais, políticos e econômicos que levou à sua demolição. O coletivo não estava mais interessado no Monroe”.” (Juliana Shimada / Festival do Rio)
Confira a cobertura completa do debate no site do Festival do Rio, neste link.
Após o debate, Eduardo Ades convidou o público a visitar uma instalação do Palácio Monroe – feita pela Imagem-Tempo e coordenada pela cenógrafa Daniela Solon – na praça Mahatma Gandhi. Essa instalação apresentou os contornos do Palácio Monroe, em seu tamanho real, no local onde foi originalmente construído. Por meio dessa instalação, pretende-se apresentar aos cariocas de hoje uma noção da presença do palácio na paisagem da Cinelândia. E, simultaneamente, reforçar a ausência do prédio, já esquecido pela maior parte das pessoas que passam pela região. Uma homenagem à memória da cidade, no ano em que se comemoram seus 450 anos.
A instalação ficou aberta a visitação entre os dias 26 de setembro e 14 de outubro. Confira as fotos abaixo.