A dama do Estácio afinal chega ao Canal Brasil. E o orgulho é ainda maior por ver nossa estreia em HD na televisão na programação especial que o Canal preparou para o Dia Internacional da Mulher.
Assista! Dia 8 de março, às 23h30.
E sintonize mais cedo porque a programação está ótima. Leia abaixo, com informações do site do Canal Brasil.
Mostra Dia Internacional da Mulher
Canal Brasil realiza uma homenagem à data com programação especial. Ficção, documentário e programas abordam temáticas do universo feminino.
Há mais de um século, o dia 8 de março representa o esforço das mulheres pela igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas. Para homenagear a data, o Canal Brasil preparou uma mostra especial exclusivamente focada em questões relevantes ao universo feminino, com documentários, ficção e entrevistas com grandes representantes da luta pela isonomia e justiça entre os sexos. Muito além dos clichês e chavões recorrentes do período, a programação traz atrações inspiradas ou protagonizadas por mulheres fortes, de grande legado em seus campos de atuação e obras de temáticas atuais sobre o mundo feminil.
A programação tem início às 18h, com o média-metragem Arte de Menina (2016), sobre o cotidiano de mulheres que tentam conseguir o sustento a partir de suas artes. Logo após, às 19h, a história da psicanalista Nise da Silveira ganha as telas em Olhar de Nise (2015). Às 21h, a colombiana Andrea Echeverri discorre sobre a essência da personalidade de seu país natal em entrevista a Eric Nepomuceno no programa Sangue Latino. Às 21h30, Tony Ramos recebe Nathalia Timberg para um bate-papo emocionante em A Arte do Encontro. Às 22h, a diretora Paula Sacchetta mostra um registro chocante sobre os recorrentes crimes sofridos por mulheres em Precisamos Falar do Assédio (2016). Fernanda Montenegro fecha a homenagem estrelando o curta-metragem A Dama do Estácio (2012), inspirado em peça de Nelson Rodrigues.
Confira a programação completa:
INÉDITO e EXCLUSIVO: Arte de Menina (2016) (58’) Direção: Deo – Assumir a própria arte como profissão é uma escolha de vida repleta de desafios. Artistas são praticamente unânimes ao relatar as dificuldades do início da carreira, a pouca valorização do trabalho e a pressão social pela escolha de atividades mais tradicionais. Reprimir uma vocação latente, no entanto, também não é uma opção viável para a maioria das pessoas de tal talento. O diretor Deo entrevista mulheres de diversos campos, entre desenhistas, tatuadoras, quadrinistas e musicistas para investigar como surgiu a paixão por seus respectivos ofícios, descobrir os primeiros passos dentro da ocupação e os estímulos e obstáculos por elas enfrentados.
A grafiteira Taís Ribeiro revela saber desde cedo de sua aptidão para o desenho. Ainda pequena, já demonstrava gosto pelos lápis de cor e tintas. Aos seis anos, a tatuadora Gabriela Brito ganhou um livro de Tarsila do Amaral para crianças, e lembra passar os dias tentando reproduzir os quadros da pintora ícone da Semana de Arte Moderna de 1922. Sua companheira de profissão, Nabila Hage, recorda passar horas a fio desenhando em papeis espalhados por toda a casa. A quadrinista e desenvolvedora de jogos Mariá Scárdua conta que desde os três anos de idade queria trabalhar no universo dos quadrinhos, e a baterista Drica Lago diz ter começado a batucar nas panelas antes mesmo de conseguir andar. Em depoimentos bem-humorados, elas relatam as dificuldades da carreira, a imposição familiar por cursos mais convencionais e explicam como tem sido essa trajetória artística até o momento.
Na TV: Quarta, dia 08/03, às 18h.
INÉDITO e EXCLUSIVO: Olhar de Nise (2015) (85’) Direção: Jorge Oliveira – Nise da Silveira é uma das brasileiras mais fortes e relevantes do último século. A alagoana foi uma das primeiras mulheres a conquistar o diploma de medicina, revolucionou a psiquiatria refutando os tratamentos violentos dados a pacientes na época, utilizando métodos mais humanitários, criou ateliês artísticos para ajudar a recuperação de seus internos e foi presa após a acusação de ser comunista no governo de Getúlio Vargas. O filme dirigido por Jorge Oliveira – com codireção de Pedro Zoca – remonta a história dessa brava mulher trazendo depoimentos e encenações de momentos cruciais da sua vida, além da última entrevista concedida pela clínica em vida, dois anos antes de morrer, aos 94 anos.
O diretor Jorge Oliveira busca na lucidez e na vivacidade da memória da própria Nise da Silveira o ponto de partida para contar a história desta médica alagoana de atitudes corajosas e pioneiras, que marcaram e revolucionaram para sempre o tratamento das doenças psiquiátricas no Brasil. O documentário traz relatos dos seus amigos, colaboradores, intelectuais e ex-pacientes. A equipe da película foi à Alemanha para saber do artista plástico Almir Mavignier como surgiram os ateliês de pintura e modelagem no hospital psiquiátrico no Engenho de Dentro, que revelaram grandes talentos artísticos na década de 1940. Os atores Rafael Cardoso, Mariana Infante e Nando Rodrigues revivem, em cenas de dramaturgia, os principais episódios da vida da psiquiatra e de seus pacientes no Rio de Janeiro.
Na TV: Quarta, dia 08/03, às 19h.
INÉDITO e EXCLUSIVO: Precisamos Falar do Assédio (2016) (82’) Direção: Paula Sacchetta – As redes sociais foram o palco para o início da chamada Primavera Feminista. No mundo virtual, mulheres de todo o país, das mais diversas faixas etárias, classes sociais, etnias e naturalidades utilizaram hashtags para relatar casos reais de assédio sofridos durante a vida. O resultado foi impressionante. Termos como “Meu Primeiro Assédio, “Meu Amigo Secreto” e “Agora É Que São Elas” ganharam a lista de assuntos mais comentados na Internet, dando a real dimensão da violência contra a mulher no Brasil. A diretora Paula Saccheta busca ampliar essa discussão, tirando o tema das redes e ocupando também os espaços da cidade para debater as causas e os efeitos desse tipo de crime.
Na semana da mulher, de 7 a 14 de março de 2016, uma van fez as vezes de estúdio e parou em nove locais de São Paulo e do Rio de Janeiro. O objetivo era coletar depoimentos de vítimas de qualquer tipo de assédio. Ao todo, 140 decidiram falar. O filme ouviu relatos de pessoas de 14 a 85 anos, de zonas nobres ou periferias das duas cidades, com diferenças e semelhanças na violência que acontece todos os dias e pode se dar dentro de casa, em um beco escuro ou no meio da rua, à luz do dia.
O documentário traz uma amostra significativa dos depoimentos, com 26 entrevistadas, além de mostrar uma parte importante do processo de filmagens: como as mulheres se sentiam ao contar seus casos? Nos depoimentos puros, sem qualquer tipo de interlocução, a obra acompanha desabafos, momentos íntimos e as oportunidades de falarem daquilo pela primeira vez. Nas trocas com as meninas da equipe antes e depois das declarações, a película permite que o espectador entre em contato com uma reflexão da testemunha sobre sua própria história.
Na TV: Quarta, dia 08/03, às 22h.
ESTREIA: A Dama do Estácio (2012) (22’) Direção: Eduardo Ades – Leon Hirszman dirigiu A Falecida (1965), uma adaptação da obra homônima de Nelson Rodrigues. O filme estrelado por Paulo Gracindo, Ivan Cândido e José Wilker marcou a estreia cinematográfica de Fernanda Montenegro. Quase cinco décadas após seu lançamento, a atriz volta a interpretar Zulmira, uma garota de programa obcecada pela própria morte, no primeiro curta-metragem de Eduardo Ades. Nessa continuação do clássico da década de 1960, a protagonista, já distante da juventude do primeiro ato, continua com a ideia fixa de que está em seus últimos dias. A neurose com o fim de sua existência toma conta de seu pensamento, e ela decide garantir o caixão para seu futuro enterro. Para isso, ela vai mexer com os sentimentos de Tibira (Nelson Xavier), homem apaixonado pela garota de programa.
Na TV: Quarta, dia 08/03, às 23h30.